segunda-feira, 18 de julho de 2011

De(s)feito…


















Escrever-lhe ou não?…
Não sei como
interpretaria minhas palavras…
Está triste.
Experimenta o amargo
da rejeição.
Talvez, procure e encontre
em minhas entrelinhas
o que não existe…
O ser humano é estranho…
Sob o véu da depressão
só consegue ver, perceber,
ouvir, acreditar… no não.
Escrever,… não escrever…
Mas, talvez, – quem sabe? -
as letras ergam-no da cadeira,
e o conduzam a inúmeras portas
que abrir-se-ão
como as flores à luz…
Na adrenalina da indecisão,
faz-se em mim
o milagre do sim.
E minhas palavras correm…
(bilhete de loteria?)
na contramão do tempo
ao encontro do coração ferido.
Foram-se.
Contudo,… nelas ainda penso.
Como e em que dose
ele há de bebê-las?
Remédio ou veneno?…
Mas já não há lugar
para arrependimento…

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