Foi estranha a sensação que eu tive ontem, quando te vi. Não foi a ansiedade de antes, nem o nada que eu pensei que seria. Não vou mentir pra você que meu coração não bateu uns três décimos a mais quando a campainha tocou. Um mês sem te ter e foi exatamente isso que aconteceu. Mas logo ele voltou ao normal e meu pensamento passou longe da sala de espera, que era aonde você estava. Pela primeira vez nesses meses todos, sua presença há alguns metros de mim não fez com que eu perdesse o foco.
Quando eu estava levantando pra ir embora, me passou pela cabeça que eu poderia dar uma olhada na minha aparência antes de sair pela porta ou que, talvez, eu pudesse simplesmente, ser mais bonito, mas esse pensamento não durou nem um minuto.
E então, a porta se abriu, e lá estava você – hoje, eu diria, que você parecia relaxada. Você estava sentada relaxada, calma – e eu juro que me preparei para um turbilhão de estranhas emoções que você sempre teve a facilidade de causar mesmo sem saber, prendi minha respiração quando meu olhar encontrou o seu e, inconscientemente, esperei. Esperei minhas pupilas dilatarem, esperei meu coração acelerar, esperei minhas mãos suarem. Mas não, não teve nada. Silêncio. Acho que foi a primeira vez que meu sorriso saiu sem ser algo ensaiado durante horas na minha cabeça, e acho que foi a primeira vez que eu senti simplesmente calma, ao estar frente a frente com você. Não que antes você não me passasse calma, muito pelo contrário – essa sempre foi uma das mais fáceis qualidades sua, mesmo sem você se quer ter noção disso. Mas hoje, hoje foi diferente. Hoje eu não fui até o ponto mais alto do céu, e voltei. Hoje, parece que eu fiquei nas nuvens. Parece que você estava nas nuvens.
Saí de lá com uma paz imensa. Poderia sim, dizer que eu estava me sentindo daquele jeito por estar acabando de sair da terapia e que a paz que eu estava sentindo é por que sempre saio de lá achando que tudo vai acabar bem. Esse tipo de paz eu sinto sempre, todos os domingos da semana. Mas ontem, eu tive a sensação de tranqüilidade, de estabilidade. A única tranqüilidade que você tinha me oferecido, até então, aconteceram nas minhas noites de pânico total, de choro total, de síndrome do pânico total, de breu total. E a estabilidade, seria algo que você só poderia me dar, se nós nos conhecêssemos. Mas ontem, por aqueles milésimos de segundo e até algumas horas depois, eu me senti estável, tranqüilo, seguro, feliz. E alguma coisa me diz que foi a sua presença ali, que causou tudo isso. Sem mais todo aquele melodrama de antes, sem o sofrimento de depois. Somente calma. Mas, por favor, não pense que na minha cabeça não se formam mais idéias dessas que parecem filmes, da minha vida cruzando com a sua em algum mercado, shopping, rua. Por que isso ainda acontece. Porém, no momento, tudo o que eu realmente queria, era ficar sentado, olhando no fundo dos seus olhos, e tentando pegar o máximo da paz que você arranjou em algum lugar nesse um mês que eu fiquei sem te ter, e guardar para mim. Se eu não posso te ter, não seria tão egoísta assim, da minha parte, ter para mim um pouquinho só dessa sua paz instantânea.
Quando eu estava levantando pra ir embora, me passou pela cabeça que eu poderia dar uma olhada na minha aparência antes de sair pela porta ou que, talvez, eu pudesse simplesmente, ser mais bonito, mas esse pensamento não durou nem um minuto.
E então, a porta se abriu, e lá estava você – hoje, eu diria, que você parecia relaxada. Você estava sentada relaxada, calma – e eu juro que me preparei para um turbilhão de estranhas emoções que você sempre teve a facilidade de causar mesmo sem saber, prendi minha respiração quando meu olhar encontrou o seu e, inconscientemente, esperei. Esperei minhas pupilas dilatarem, esperei meu coração acelerar, esperei minhas mãos suarem. Mas não, não teve nada. Silêncio. Acho que foi a primeira vez que meu sorriso saiu sem ser algo ensaiado durante horas na minha cabeça, e acho que foi a primeira vez que eu senti simplesmente calma, ao estar frente a frente com você. Não que antes você não me passasse calma, muito pelo contrário – essa sempre foi uma das mais fáceis qualidades sua, mesmo sem você se quer ter noção disso. Mas hoje, hoje foi diferente. Hoje eu não fui até o ponto mais alto do céu, e voltei. Hoje, parece que eu fiquei nas nuvens. Parece que você estava nas nuvens.
Saí de lá com uma paz imensa. Poderia sim, dizer que eu estava me sentindo daquele jeito por estar acabando de sair da terapia e que a paz que eu estava sentindo é por que sempre saio de lá achando que tudo vai acabar bem. Esse tipo de paz eu sinto sempre, todos os domingos da semana. Mas ontem, eu tive a sensação de tranqüilidade, de estabilidade. A única tranqüilidade que você tinha me oferecido, até então, aconteceram nas minhas noites de pânico total, de choro total, de síndrome do pânico total, de breu total. E a estabilidade, seria algo que você só poderia me dar, se nós nos conhecêssemos. Mas ontem, por aqueles milésimos de segundo e até algumas horas depois, eu me senti estável, tranqüilo, seguro, feliz. E alguma coisa me diz que foi a sua presença ali, que causou tudo isso. Sem mais todo aquele melodrama de antes, sem o sofrimento de depois. Somente calma. Mas, por favor, não pense que na minha cabeça não se formam mais idéias dessas que parecem filmes, da minha vida cruzando com a sua em algum mercado, shopping, rua. Por que isso ainda acontece. Porém, no momento, tudo o que eu realmente queria, era ficar sentado, olhando no fundo dos seus olhos, e tentando pegar o máximo da paz que você arranjou em algum lugar nesse um mês que eu fiquei sem te ter, e guardar para mim. Se eu não posso te ter, não seria tão egoísta assim, da minha parte, ter para mim um pouquinho só dessa sua paz instantânea.
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