terça-feira, 15 de janeiro de 2013

É Ela


Ela chegou como todas as outras, mas nela havia algo a mais. Não sei, talvez fosse sua inocência implícita na pudicícia geral que causa-lhe arrepios na alma. Era doce. Definitivamente linda. Mal podia me aproximar, era como estar próximo de uma rainha, todos a querem e poucos a conquistam.
Já era ínfima minha esperança quando ela me olha de forma penetrante, de algum jeito estávamos em transe, nos entendendo pelo olhar. Por instantes, os outros somem. A conexão é rompida com uma formalidade qualquer. Era real, eu me pergunto. Nunca nos falamos, sei que naquele dia nos amamos. Um segredo nosso, recôndito de todos. Um desejo retrancado nas égides da nossa mente incauta era amor, uma luz encoberta por um tecido vil e espeço. 

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