quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Amor ou Amizade?


Eu lutei, lutei com as forças que tinha para impedir esse sentimento de acontecer, mas o amor é invencível em todos os sentidos e não seria eu, humilde e insignificante humano que iria combatê-lo, por isso quando eu percebi ele já tomava conta de mim e eu estava apaixonado. O obstáculo não era exatamente o amor que eu sentia, não era um amor desesperado pelo qual alguns seres humanos se queixam, o problema era a garota, ela não era uma garota qualquer que eu vi na rua e me interessei, ela não era nada mais nada menos que uma amiga. Sei que não parece um problema, pois pelo que diz Jason Mraz estar apaixonado por um(a) amigo(a) é sorte, mas o fato é que era uma amizade forte demais e eu tinha medo de perdê-la por um amor que talvez acabasse amanhã.
O amor é um sentimento lindo, mas a amizade deve ser algo indestrutível, algo que não deve ser abalada e me apaixonar logo por ela fez com que eu achasse que esse seria o fator destruição, tinha medo de me entregar a esse amor e ter um resultado negativo. Não queria arriscar. Não sei se você entende o grau de amizade do qual estou falando, às vezes acho que nós somos os únicos que temos uma amizade tão forte, tão linda, ela me conta tudo e sabe, literalmente tudo.
Decidi que não iria contar, iria deixar o sentimento passar mesmo que doesse um pouco, eu tinha esperança de tudo ser só um mal entendido na minha cabeça confusa e que tudo iria se resolver e ela voltar a ser apenas minha essencial amiga, decidi amar calado como eu já fiz outras vezes. Eu gosto de amar, não vejo problemas em me declarar, nem ao menos e por incrível que pareça de ser chamado de louco por quem eu me declarei, mas sinceramente acho que uma paixão é algo muito pequeno para eu colocar em risco nossa relação de amizade. Não que ela fosse ser rude, ela é compreensiva, mas seria constrangedor continuar com a amizade que temos se ela descobrisse e não sentisse o mesmo, certamente a constrangeria.
Bom, dizem que tudo é uma questão de prioridade, basicamente o que eu fiz foi escolher a minha, prefiro ter uma amizade inabalável e extremamente agradável (se não até invejável) do que um amor que talvez tenha um fim que termine com tudo o que já foi construído entre nós!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Go Away


Vou ser o mais frio e calculista que eu posso, como você tanto gosta e da forma que eu acreditava não conseguir ser. Então, vamos fazer um trato e o que você vai ganhar será exatamente consequência do que você terá que fazer. Sua parte é simples, parar de visitar meus sonhos é um começo, o que será fácil já que você deve gastar tempo fazendo várias outras cabeças, por assim dizer..
Além disso saia permanentemente do meu coração e não fique só se escondendo de vez em quando apenas para me dar um pouco de sossego, saia e não volte mais, sua entrada nele me machuca bastante e sua estadia mais ainda. Tire sua imagem da minha mente para sempre, pois de olhos abertos ou fechado é sempre ela que está nítida e dolorosa na minha cabeça. Nada te custará sair de mim, você deve estar em tantas outras..
Também não me seduza diretamente, não faça de tudo para me atrair só para fazer bem ao seu ego, porque o que para você é uma noite, para mim é uma vida, não diga que me ama só para ter o que quer, nem todas as outras coisas bonitas que você sussurra quando precisa saciar seu prazer, faça isso com homens mais fortes que vão entender aquilo apenas como um momento, diferentemente do apaixonado e iludido aqui.
Bom, como eu comecei dizendo o que você irá ganhar será não me ter olhando para você com cara de bobo apaixonado, nem chorando quando te vejo agarrando outro (que provavelmente não vai conseguir te tirar da cabeça depois dos beijos e palavras que você concedê-lo).. Seu ego não vai perder muita coisa, tem tantos homens atrás de você, peço para aliviar a dor de um deles, daquele que com certeza mais te quer e te ama.
É um trato simples, garota, saia da minha vida (cabeça e coração) e se divirta com “os outros”. Agradeço desde já.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Carta


Hoje achei uma carta. Escrita a mais ou menos vinte e três anos atrás. Escritas com palavras erradas e sobre linhas antiga, desabafava todos os seus lamentos e solidão...
Escrevia da forma mais trágica possível, pra cortar o coração de quem a lesse.
Foi incrível sentir a mesma tristeza ao ler aquelas palavras.  E ao finalizar a carta eu não coloquei um ponto final na minha história, minha tristeza se prolonga por muito mais tempo. Até hoje, aqui e agora. Esta então foi a carta que eu nunca tive coragem de entregar. Foi nela que eu despejei as palavras de abandono e o quanto tudo aquilo me fazia chorar... Eu era só uma criança, mas já era amigo das palavras. Lembro exatamente onde aquele menino escreveu aquela carta. Sentado sobre uma janela, ele fitava o crepúsculo daquele fim de tarde. E com seu diário no colo, ele começou a derramar aquelas lágrimas em forma de palavras. Até o crepúsculo se transformar em uma completa escuridão sombria... E ele esquecer daquela carta na última pagina do deu diário intrínseco. Que ele escondia embaixo da cama. E hoje ao vasculhar minhas antigas caixas, eu a encontrei dobrada e tão bem guardada que eu quase não conseguir achar. ...E esta é a historia daquela carta, que aquele menino, ou seja, eu... Nunca tive coragem de entregar. Por o destino desta estar tão, tão distante...


Algumas palavras estão apagadas devido o muito tempo. Mais assim que conseguir desvendar toda a carta, a posterei aqui no blog.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sempre Foi Assim


Volto a escrever-te moça, ainda sabendo que não podes enxugar minhas lágrimas e muito menos me dizer uma palavra amiga. Só que eu tenho certeza que não irá dizer nada mesmo, apenas colaborar para que por meio das palavras eu tire uma pilha de coisas que foram amontoadas aqui dentro. E que não irá reclamar muito, apesar dos infinitos erros de ortografia que você aponta...
Nem ligo mais para esse papo de amor (a falta dele), de felicidade, de sorrisos. Não, nem penso mais tanto nessas coisas.  A única coisa que ainda procuro é só um pouco de paz. De espírito. De lugar. Tanto faz. Estive fazendo o máximo para bloquear da minha mente o que eu sei que não me levará a lugar nenhum. E fazer isso tem me poupado de muitos arrependimentos. Então, talvez seja o certo.
As paredes já estão cansadas de tanta subjetividade sabe. As frases ficam pela metade, encerram com uma vírgula. Estou cada vez mais distante do que é real. Do que se chama vida. É que está sempre faltando alguém para confiar. Alguém que me empurre da ladeira e me faça ter coragem de encarar tudo isso. Alguém que me diga que “talvez amanhã, ou depois - tanto faz - vai ficar tudo bem”… Que… Sei lá.
Que engraçado. Olha meu estado moça. Ando falando sozinho. Ou melhor, com uma máquina que me apresenta um editor de texto simples. Mas pelo menos isso. Pelo menos isso. Mesmo porque sempre foi assim não é…

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Esse Bem Que Você Me Causa


Foi estranha a sensação que eu tive ontem, quando te vi. Não foi a ansiedade de antes, nem o nada que eu pensei que seria. Não vou mentir pra você que meu coração não bateu uns três décimos a mais quando a campainha tocou. Um mês sem te ter e foi exatamente isso que aconteceu. Mas logo ele voltou ao normal e meu pensamento passou longe da sala de espera, que era aonde você estava. Pela primeira vez nesses meses todos, sua presença há alguns metros de mim não fez com que eu perdesse o foco.
Quando eu estava levantando pra ir embora, me passou pela cabeça que eu poderia dar uma olhada na minha aparência antes de sair pela porta ou que, talvez, eu pudesse simplesmente, ser mais bonito, mas esse pensamento não durou nem um minuto.
E então, a porta se abriu, e lá estava você – hoje, eu diria, que você parecia relaxada. Você estava sentada relaxada, calma – e eu juro que me preparei para um turbilhão de estranhas emoções que você sempre teve a facilidade de causar mesmo sem saber, prendi minha respiração quando meu olhar encontrou o seu e, inconscientemente, esperei. Esperei minhas pupilas dilatarem, esperei meu coração acelerar, esperei minhas mãos suarem. Mas não, não teve nada. Silêncio. Acho que foi a primeira vez que meu sorriso saiu sem ser algo ensaiado durante horas na minha cabeça, e acho que foi a primeira vez que eu senti simplesmente calma, ao estar frente a frente com você. Não que antes você não me passasse calma, muito pelo contrário – essa sempre foi uma das mais fáceis qualidades sua, mesmo sem você se quer ter noção disso. Mas hoje, hoje foi diferente. Hoje eu não fui até o ponto mais alto do céu, e voltei. Hoje, parece que eu fiquei nas nuvens. Parece que você estava nas nuvens.
Saí de lá com uma paz imensa. Poderia sim, dizer que eu estava me sentindo daquele jeito por estar acabando de sair da terapia e que a paz que eu estava sentindo é por que sempre saio de lá achando que tudo vai acabar bem. Esse tipo de paz eu sinto sempre, todos os domingos da semana. Mas ontem, eu tive a sensação de tranqüilidade, de estabilidade. A única tranqüilidade que você tinha me oferecido, até então, aconteceram nas minhas noites de pânico total, de choro total, de síndrome do pânico total, de breu total. E a estabilidade, seria algo que você só poderia me dar, se nós nos conhecêssemos. Mas ontem, por aqueles milésimos de segundo e até algumas horas depois, eu me senti estável, tranqüilo, seguro, feliz. E alguma coisa me diz que foi a sua presença ali, que causou tudo isso. Sem mais todo aquele melodrama de antes, sem o sofrimento de depois. Somente calma. Mas, por favor, não pense que na minha cabeça não se formam mais idéias dessas que parecem filmes, da minha vida cruzando com a sua em algum mercado, shopping, rua. Por que isso ainda acontece. Porém, no momento, tudo o que eu realmente queria, era ficar sentado, olhando no fundo dos seus olhos, e tentando pegar o máximo da paz que você arranjou em algum lugar nesse um mês que eu fiquei sem te ter, e guardar para mim. Se eu não posso te ter, não seria tão egoísta assim, da minha parte, ter para mim um pouquinho só dessa sua paz instantânea.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

É Ela


Ela chegou como todas as outras, mas nela havia algo a mais. Não sei, talvez fosse sua inocência implícita na pudicícia geral que causa-lhe arrepios na alma. Era doce. Definitivamente linda. Mal podia me aproximar, era como estar próximo de uma rainha, todos a querem e poucos a conquistam.
Já era ínfima minha esperança quando ela me olha de forma penetrante, de algum jeito estávamos em transe, nos entendendo pelo olhar. Por instantes, os outros somem. A conexão é rompida com uma formalidade qualquer. Era real, eu me pergunto. Nunca nos falamos, sei que naquele dia nos amamos. Um segredo nosso, recôndito de todos. Um desejo retrancado nas égides da nossa mente incauta era amor, uma luz encoberta por um tecido vil e espeço. 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ninguém Escolhe Por Quem Vai Se Apaixonar


Nem nos meus devaneios mais inusitados eu pude imaginar algo assim!! É claro que sempre passa pela cabeça...'e se der certo?...' Mas, isso que eu estou vivendo ultimamente, nunca me ocorreu. Dessa forma, com essa pessoa. Alguém que eu nunca imaginei que pudesse cruzar o meu caminho e ficar. Eu estava desiludido, ou talvez, apenas estivesse sendo realista finalmente... Estava tudo bem claro para mim. Era algo passageiro e pronto. Desse tipo que a gente sabe que não pode se apegar, porque tem medo devido o passado. E foi assim, eu fiz tudo como deveria ser e estava tudo bem de verdade. O tempo passa normalmente e passa... Mas de repente, com quem eu dou de cara de novo?! Com a Paixão. Bem... Esse tipo de coisa pode acontecer mais de uma vez... Então, por que não?! Sim. Era território conhecido mesmo... Bem, era conhecido e ao mesmo tempo novo, tudo novo. O olhar que demora, o toque... é carinho? É sintonia? Eu percebi algo diferente desde aquele dia. Não que isso queira dizer muito, era só algo que a diferencia de outras... Mas não quer dizer nada. Eu fui andando com cuidado e me surpreendi, de verdade, porque cresce cada dia mais. E porque eu estou descobrindo uma outra face que eu nunca atribuiria a essa pessoa e me faz tão bem?... Eu vejo tanta coisa que eu estive procurando... vejo que talvez dê certo. As vezes isso em si parece certo, outras vezes não. E eu tenho medo também. Um medo GIGANTE, de estar redondamente enganado(espero que não), de estar fantasiando tudo. Medo de dizer o que vem na ponta da minha língua, toda vez que vou falar o nome dela. Medo de estar criando coisas que não existem e de me apegar a coisas que futuramente eu terei que me esquecer. Eu tento não criar expectativas, nem me encantar tanto(isso é impossível)... Para me proteger... Sei que posso parecer louco, só em imaginar que talvez possa dar certo. Eu sei. Mas... ela se tornou algo muito maior do que eu algum dia pude imaginar. Nunca imaginei atribuir certos sentimentos a ela... Ninguém escolhe por quem vai se apaixonar, acontece, assim como aconteceu comigo... Mas, só eu sei tudo que ela me faz sentir quando estou perto dela. Posso estar errado(novamente espero que não), mas de qualquer jeito, toda noite eu agradeço muito a Deus, por isso!! 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Falta de Você


Por um momento aquilo parecia me pertencer tanto, saber dos seus dias, te ligar, saber dos seus horários, encontrar você, saber que você vai 'tomar banho, comer alguma coisa' e vai vir, sento no sofá e te espero, espero bastante e me irrito, mas no fundo nem me importo porque quando te vejo chegando, me surpreendendo com um beijo, meu coração tropeça e até já me esqueci do tempo que esperei e a sensação que dá é de que eu tenho o infinito inteiro na minha frente, todo o tempo do mundo ao meu favor, ao nosso favor, não me preocupo com nada de tão feliz que me sinto e até me esqueço que a poucas horas vou me despedir de você. E nos despedimos, mas aquela sensação de que somos alguma coisa ainda continua, mais um dia e mais outro... Ainda me lembro da sua rotina e do que vai fazer as seis e meia da tarde, ainda me lembro como é sua voz no telefone quando está deitada, mas os dias vão passando e essa sensação se vai aos poucos, e aos poucos já se passou um mês... Quanta falta eu sinto de você e há quanto tempo eu não te ligo, há quanto tempo não nos falamos e não sabemos de nada. Minha vida aqui longe da sua são dois mundos inteiros de saudade e é profundo demais, um oceano que me sufoca, e me sufoca mais continuar assim, te ver, ter tanta coisa pra dizer e silenciar, e te ver indo sem dizer nada, com o coração apertado fingindo não me importar. Tudo de você que eu queria e não me permito, esmago o meu coração com cada passo que dou na tentativa de me afastar. Mas, e se você me ligasse e aparecesse aqui, a qualquer hora, agora, amanhã, semana que vem ou qualquer dia? É o que eu penso... e se você me amasse, se você demonstrasse, se você sentisse o que eu sinto, se você me quisesse... Eu voltaria de onde estivesse por isso. E se você soubesse, se eu te dissesse... Não, você sabe, que na verdade, não mudaria nada!

O Amor Rega As Flores


Tô aqui me lembrando de tanta coisa, olhando para trás agora e vejo como as coisas mudaram, quase tudo mudou, como nós mudamos, como eu mudei em relação a ela, como as nossas vidas mudaram.... Estamos tão distantes que já nem enxergo bem como éramos e tantas vezes eu temi que isso acontecesse... Uma parte do que fomos, eu sei, se foi e é irreversível, e não adianta eu correr, tentar resgatar isso. Não se tratava mais de uma amizade que tivemos apenas, havia tanta coisa... E nem que eu quisesse eu encontraria uma forma de fazer isso voltar a ser como antes, e eu tinha tanta coisa para falar e ao mesmo tempo sentia que não adiantaria, porque alguma coisa foi afastando-nos um do outro e pronto! Não nos vemos direito, ela tem outros amigos agora, quase não saímos juntos, não conversamos, muito pouco nos falamos. E eu sei que ela ta bem, que ta tudo certo com ela, graças a Deus, mas não digo nada, não falo da saudade que sinto, não falo dos sonhos que eu tenho, não falo das lembranças que tenho da gente... E é essa parte, que talvez nunca mais iremos resgatar, porque não depende de mim, não mais, eu já fiz de tudo e chega um dia que nos esgotamos! É quase irreal o que já fomos todos os dias, por anos e anos... É quase irreal isso que somos agora, o silêncio fala alto demais  para que eu me esqueça, o silêncio que permanece entre a gente até nos encontrarmos por aí outra vez. Mas nunca muda, nunca muda a forma como não ficamos perdidos no meio de toda essa distância e silêncio, no meio dos caminhos que agora estão meio desencontrados... Quando nos vemos e nos falamos pessoalmente, está tudo intacto, é um dejavu... Isso nunca muda, e somos amigos ou mais que isso, ou a mistura dos dois, e somos o que sempre fomos  quando estamos frente a frente, como se mesmo que uma parte do passado estivesse completamente danificada, a outra, pelo contrário, estivesse viva e forte, como se aquilo tudo tivesse acontecido durante uma semana, como se alguém tivesse regado aquelas flores hoje cedo e nunca estivesse as esquecido por aí.  Ela diz que 'me ama e que por mais que o tempo passe tem certeza que isso não vai mudar, por mais que os nossos caminhos sejam diferentes' e que 'estamos sempre juntos em pensamento'... Não admiro o jeito que ela ME 'ama', nem sequer acredito muito, mas talvez ela tenha razão nisso, talvez essa seja a única explicação pra toda essa loucura, talvez o sentimento esteja regando essas flores, sem deixar que elas morram e só Deus sabe até quando será.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Eu Quis...


Hoje eu quis beijá-la mais do que nunca. Olhar em seus olhos, e dizer o quanto eu gosto dela. Como se nascesse ali um amor absoluto pela pessoa que eu vi. Hoje eu quis abraçá-la e encostar meu corpo no dela e dizer-lhe palavras sinceras. Hoje eu quis fazê-la sentir-se amada (porque aqueles olhos irresistivelmente carentes me dizem que talvez ela jamais tenha sido de verdade). Hoje eu quis que ela nunca mais saísse do meu lado e quis que minha vida se conectasse à dela, quis saber tudo o que eu ainda não sei e quis saber mais e por mais tempo, quis fazer mais e mais parte. Coisas a se transformar para desaparecer e eu pensando em ficar a vida a te transcorrer…
Eu mostro a ela um relicário com todos os melhores tesouros singelos que eu consegui reunir. Poderia lhe entregar meu coração, alma vida e até minha atenção. Mas ela olha de longe, quando olha. Tem medo de descobri-la, e eu vou ficando sem forças para segurar o relicário e triste de sentir que não terei disposição de tentar fazê-la por mais tempo.
Hoje eu quis dizer para ela: “Você pensa que é fácil?”
Eu acho que ela sabe que não é. Mas tem um jeito atordoante de convencer a si mesmo (como se quisesse convencer a mim) de que talvez possa ser. E eu morrendo devagar, em silêncio, pelo caminho, entre uma esquina e outra. Se você achar meu coração perdido pela cidade, devolva-me.