quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sentimento Ilhado



Mais um texto da minha querida amiga Danielle Pereira

Mais uma vez me deixei invadir por esse sentimento que só tem quatro letras, sentimento esse tão clichê que as vezes chega a ser estúpido...
Que invadiu minha vida como um vendaval e passou a comandá-la fazendo com que tudo girasse em torno do AMOR e que acabou conduzindo-me a outros sentimentos que muitas vezes me deixa confusa... saudade, ciúme, raiva, alegria, tristeza, desprezo, ilusão... E isso está me levando a loucura, já não consigo mais discernir os fatos.
Ao te dar espaço novamente no meu mundo, você passou a dar sentindo na minha vida, vida essa que ultimamente anda sem sentido, sem você por perto, aos poucos sinto que estou te perdendo de mim mesma, afinal você está afastando de forma tão intencional tudo o que me fazia bem, e ultimamente meus dias se resumem a viver trancada no escuro do meu quarto com sentimentos dolorosos, desses que cortam e deixam marcas pra vida toda, cicatrizes que ninguém vai dar ponto, deixar sangrar, deixar... apenas deixar.
Muitas vezes eu penso o quanto é inutil caminhar do meu quarto até a geladeira, pegar um copo da água e o beber pensando em você, é inútil passar madrugadas acordada, olhar pra minha cama e sentir falta de alguém cujo eu nunca senti o calor, penso o quão é estúpido chorar por alguém que há essa hora deve estar sorrindo com as pessoas mais legais e próximas, você está feliz e isso de certa forma me machuca também, pode chamar de egoísmo, possessão, chame do quer for, eu choro por você estar feliz sem mim... E sei que a tendência é piorar, é você me esquecer, ás vezes eu só queria poder parar, sentar e não pensar mais em nada, sem ser julgada, sem ser pisoteada por esse mundo hipócrita e doloroso, só queria parar por alguns momentos, dias, semanas sei lá...
Sabe... Ando um pouco cansada desses dias cinzas onde tudo costuma dar errado, cansada da escuridão que assombra meus pensamentos e inebria minha ardida alma, queimando-me a cada nova decepção, alma que se auto mutila a cada machucado que eu causo em você ou neles...
Alma que eu já nem sei mais onde está... Talvez ela esteja em uma canção dessas que as vezes me despertam em tardes de outubro, dentro de janeiro, tardes horas da noite, onde eu penso e repenso, descompenso e entro em desavença comigo mesma.
Mas tudo isso ainda é muito vago e descompassado, é muito ” não importa mais” pra tudo que eu ainda me importo demais, tudo que eu quero e não tenho a chance de ter, tudo que eu não vejo e sei que não poderei tocar.
Mas sonho não se toca, apenas se vive, talvez você seja um sonho, talvez eu não saiba amar, talvez, eu esteja cansada de sentir, estou cansada de tudo... estou cansada, desculpe-me!

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