sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Deixa Eu Te Falar...


Vim lhe dizer que algo mudou em mim, consigo sentir que não sou o mesmo... Não, não sou o mesmo de tempo atrás. Talvez seja algo imperceptível aqueles que só me vêem por fora, mas eu sei que algo aconteceu. Foi assim sem avisar, sem pedir permissão, foi tomando conta do meu ser e mudou alguma coisa em mim.
Foi um dia qualquer, não um dia qualquer para mim, mas um dia sem importância para qualquer outra pessoa, um dia como uma segunda-feira ou sei lá, um domingo sem graça. Não costumo dizer esse tipo de coisa por ai, você sabe que eu sou discreto, nunca saí por ai contando o que se passa dentro do meu ser, jamais ninguém me viu por dentro... Não como você viu, sem esforço, sem que eu pedisse, mas por acreditar que ia achar algo importante. Se você encontrou? Faz-me acreditar que sim pelas coisas lindas que você me diz.
Eu sei que para muitos é tolice e coisa de gente boba, o que eu acho? Talvez seja mesmo, mas quando se está assim nós acabamos por achar tudo lindo, deve ser porque somos vários bobos tentando esconder a bobeira que surge em nós. Ou na verdade todo mundo seja no fundo um tolo, daqueles que acreditam em qualquer coisa, mas com as decepções enrijecemos e nos tornamos pedras, incapazes de ver algo bom nas bobeiras que os outros falam, porém eu sei que se alguém insistir em jogar uma porção de água diariamente, não uma água qualquer, mas uma água especial batizada de sentimentos ‘bobos’, começará a nascer por fora dessa pedra vestígios de vida... Você voltará a ser um bobo.  Não fique triste com o termo ‘bobo’, somos todos uns bandos de ‘bobo(a)s’ em busca de outros ‘bobo(a)s’.
Eu sei que eu sempre fujo do que realmente eu quero dizer, não é proposital ou talvez seja, deve ser a maneira de falar por sinais, sabe? Aquela forma de dizer sem dizer, ainda não entendeu? É quando a gente não fala nada, mas fala tudo. Há você sabe! Não se faça de desentendido(a), aquela coisa que a gente faz sem querer fazer, sim... Pois as coisas que nós dizemos só falamos porque queremos, mas fazemos tantas coisas sem querer: a minha forma de sorrir quando te vejo, não é que você esteja com uma roupa engraçada nem seu cabelo bagunçado, meu coração disparado quando sinto seu toque, não, eu não estou tendo um ataque cardíaco, quando eu me tremo perto de você, não, eu nunca estou com frio ou quando eu sempre gaguejo quando conversamos, já te falei que eu não sou gago.
Eu sei que você nunca me ouviu falar essas coisas, não se assuste, não é essa minha intenção é que é difícil dizer aquilo que passamos horas planejando dizer, sim eu treinei, mas não ta dando muito certo nem me lembro mais o que era para falar. Não importa, o que importa é que ainda to dizendo, pelo menos eu não saí correndo feito um louco. Estou fugindo do assunto novamente... Pois bem, lembra quando estamos juntos? Aqueles dias que não temos nada para fazer, ou no meio de tantas obrigações quando estamos juntos parece que tudo perde a devida importância? Lembra-se das piadas, sim suas piadas sem graça, mas que sempre me fazem rir, sim as minhas também são sem graça; recorda-se de quando passamos horas e horas no telefone conversando coisas sem sentido?
Não sei se é certo te falar isso, mas sempre morro de ciúmes quando você me conta sobre seu ex, sim eu sou uma bobo, mas você também é... Porque ainda insiste em me falar? Você sabe que eu não quero ouvir, não, eu não estou brigando com você. Para de se fazer de vitima, eu sei que eu fico perguntando, mas não quero que você me diga. Não, eu não sou maluco, eu só te amo. Pronto falei!

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