Chorei sozinho,
Escondido do mundo,
Na escuridão de um quarto,
Num silêncio profundo.
Um choro contido,
Um lamento de dor,
Quando faltaram palavras,
Chorei de pavor.
Chorei copiosamente,
Cada lágrima um sentimento,
De coração partido,
A expressão do sofrimento.
Um choro reprimido,
Que queima o rosto,
Dilacera minh’alma,
Um sombrio desgosto.
Chorei tristezas,
De tardes de outono,
Exumando as feridas,
Extirpando meu sono.
Um choro maçante,
Que traduz o delírio,
E faz de cada noite,
Um eterno martírio.
Chorei a certeza,
Da verdade enfim,
Que essa ininterrupta dor,
Não termina no fim.
Um choro desesperado,
Uma partida sem despedida,
Lançando ao chão os sonhos,
De toda uma vida.
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